De uma coisa eu sei bem: O Lula
seria muito mais feliz morando na Dinamarca!
É que por lá as coisas andam
maravilhosas para as almas honestas, já que a Dinamarca encabeça o novo Ranking
Mundial de percepção de corrupção da ONG Transparência Internacional, com um
índice assustador de honestidade, obteve 91 pontos para um total de 100
possíveis, e o nosso ex-presidente teria novamente a possibilidade de reunir amigos
com quem formar um partido. Lamentavelmente, talvez não tivesse pelo que lutar,
entretanto, ainda há uma notícia muito animadora: a economia dinamarquesa é
altamente sindicalizada, mais de 75% da sua mão de obra recebe auxílio
sindical. Trata-se de uma marca muito expressiva mundialmente e o famoso galo
de rinha pode começar por aí, quem sabe.
Por aqui, no entanto, o Brasil não
é mais o mesmo. Aparece com um resultado de queda de sete posições no Ranking divulgado em relação à 2014 e agora ocupa a 76ª posição, não muito honrosa. É bem
verdade que diante de tudo que ocorreu no último ano, não há pessoa sã que duvide que o
Brasil é o país mais corrupto do mundo na prática, infelizmente, a
Transparência Internacional mede a percepção do povo local e, nesse caso
inglório, há países bem pior colocados que o nosso. Fosse uma colocação baseada
em escândalos, investigações, percentual de homens públicos envolvidos em
falcatruas e nível de agressão ao equipamento público, e nossa colocação teria
sido último lugar disparadíssimo - do tipo Corinthians campeão brasileiro - certamente, muito
distante da Coréia do Norte, lugar em que a corrupção é de outro naipe, baseada
especificamente em influência ideológica. Evidentemente, por esse prisma, é de
se considerar um ótimo resultado o obtido, e acredito que a Dilma esteja dando
lá seus pulinhos em Brasília. Não menos significativo, porém, é observar que se trata de uma
colocação de meio de tabela, o que só confirma a expressão do quão medíocre o Brasil é, até mesmo para
ser corrupto.
Objetivamente, é espantoso que o
Brasil divida posição com a europeia Bósnia e Herzegovina, recém saída
de um processo separatista incrivelmente violento e que ainda hoje convive com a
anarquia local, com Burkina Faso, Tunísia e Zâmbia, países africanos extremamente
pobres e que vivem às voltas com uma distribuição de renda bisonha, por terem
conquistado independência somente após a 2ª Guerra Mundial, e Índia e Tailândia,
dois asiáticos que dispensam comentários, a primeira por viver sob um sistema
rígido de castas e a segunda, por ter industrialização muito recente.
Por outro lado não menos sombrio,
espantoso mesmo é que os brasileiros não se escandalizem mais com essas
descobertas sobre nós mesmos, com os 38 pontos do Brasil em 100 possíveis.
Em tom de conclusão, vale muito lembrar que não por acaso, dos dez menos
corruptos, quatro são países nórdicos. Isso se deve claramente ao altíssimo
desenvolvimento de seus sistemas educacionais e ao fato de suas leis serem
extremamente severas e didáticas. Não por acaso, também, esses países encabeçam
a renda per capita média no mundo e têm uma distribuição de renda bastante
satisfatória, com classe média forte e pobres com possibilidades concretas de
ascensão social.
Repararam que tudo que eu disse
acima é tudo que o Brasil não é?
Concretamente, só há uma coisa
real em que o Brasil é muito bom: em ser o pior sempre!
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