Em meio a tanta ganância e desordem, talvez o que fosse a nossa maior bênção, tenha se tornado o nosso maior castigo...
Há crianças matando adultos, mas os adultos as
querem proteger;
Há adulto matando adulto, mas os adultos ainda
fazem crianças;
Crianças que vão ser adultos que já mataram e que
matarão...
Outras que não, definirão o nosso destino: adultos
sem raça definida.
Há políticos se elegendo sem voto, mas o povo é
representado;
Há povo querendo política, mas que não deseja votar
ou ser votado;
Políticos que são da gente votaram e votarão...
Outros que não, definirão o nosso destino:
eleitores que não somos adultos.
Há gays por aí, acuando héteros, mas os héteros os
querem dar lei;
Há hétero matando gay, mas só não quer aceitar que
também é gay;
Homens que são gays com o sexo oposto casaram ou
casarão...
Outros que não, definirão o nosso destino: seleção
da espécie apolítica.
Há negros se movimentando, mas o movimento é branco;
Há branco acuando negro, mas têm pais de origens multirraciais;
Brancos que são negros se omitem ou se omitirão...
Outros que não, definirão o nosso destino:
supressão da igualdade.
Há gays, negros, políticos, adultos e crianças no
panelaço da cidadania: quem os vai proteger?
Se uns matam os outros, mas ainda tentamos nos
unir;
Crianças negras ou brancas que vão ser adultos gays
e/ou políticos conciliam e conciliarão...
Outros que não, definirão o nosso destino: Pena de
vida.
©Alexandre T. Ferreira.
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